Não pare o mundo, pois eu não quero descer

Hoje de manhã duas amigas compartilham no facebook um texto que se chama “uma vez fui viajar e não voltei”, e ao ler, me deu vontade de chorar. Não por tristeza, mas por uma alegria de sentir todas as coisas boas que uma viagem pode nos trazer.

Daí me lembrei da minha primeira viagem saindo do Rio Grande do Sul: uma excursão com estudantes da ufrgs (eu ainda fazia cursinho pré vestibular) para assistir o show dos Rolling Stones no Rio de Janeiro. Pela primeira vez eu andava em terras não gaúchas, e foi surpreendente para mim ver tantas paisagens bonitas, já que fui criada por um pai extremamente separatista e bairrista que só dizia que o Rio Grande do Sul que era bom (meu pai tá lendo isso, depois a gente discute hehehe). Obviamente eu sabia que o Rio de Janeiro era maravilhoso, e ao chegar lá numa madrugada de fevereiro, vi o Cristo Redentor iluminado e fiquei de boca aberta (sensação parecida de quando vi a catedral de Colonia). Mas não foi só a capital carioca que me deixou encantada, foi andar pelas estradas catarinenses e ver tantas paisagens lindíssimas e um mar verde azulado que eu nunca tinha visto antes ao vivo.
Essa viagem foi muito reveladora pra mim, tanto que por muito pouco eu quase fiquei lá (surgiram até oportunidades de estudo e trabalho). Mas voltei ao RS, pelo menos de corpo.

Depois disso, apareceu uma outra viagem mais surpreendente, pois seria a realização de um sonho de infância: fazer um cruzeiro marítimo. E eu fiz, e foi de graça.
Então veio outra viagem ao Rio, com direito a ver desfile na Sapucaí (outra coisa surpreendente), viagens à São Paulo, ao Uruguai (na infância eu só tinha ido até Rivera), Florianópolis, ao Chile, Buenos Aires, mais idas à São Paulo, Brasília, depois teve um mês em Buenos Aires, mais São Paulo, e depois o ano na Europa (que nunca canso de falar).

Sem dúvida, a mais marcante de todas as experiências foi morar um ano na Alemanha, mas talvez eu não tivesse aproveitado tanto se as viagens anteriores não tivessem acontecido. Mas tirando esse relato pessoal, só queria dizer o quanto uma viagem pode ser transformadora, abrir portas que tu sequer sabiam que existiam, te faz conhecer uma nova pessoa que tinha aí dentro de ti, escondida. E esse texto fala muitas verdades, que quem viajou e sentiu isso vai entender completamente.

“…Acrescentei ao dicionário da minha vida novos significados para educação, medo e respeito.
…Reaprendi o valor de alguns gestos. Como quando criança, a espontaneidade de sorrisos e olhares faz valer a comunicação mais universal que há – a linguagem da alma…
…Conheci outras versões da saudade. Como nós, ela pode ser dura. Mas juro que tem suas fraquezas. Aliás, ela pode ser linda.
Com ela, reavaliei meus abraços, dei mais respeito à algumas palavras e me apaixonei ainda mais por meus amigos e minha família…”

Enfim, vale a pena ler:

http://sigoescrevendo.wordpress.com/2013/08/26/uma-vez-fui-viajar-e-nao-voltei/comment-page-1/#comment-77

E mais ainda, vale MUITO  a  pena viajar, principalmente para dentro de si.
E hoje eu sinto, mais que nunca, que eu viajei e não voltei, e talvez não volte nunca mais. Felizmente!

5 Replies to “Não pare o mundo, pois eu não quero descer”

  1. Que post mais lindo Grazi!!! Chega lacrimejei!
    Eu gosto daquela frase que diz: o mundo é muito grande para nascermos e morrermos no mesmo lugar. Feliz de quem entende a profundidade dessa frase e se arrisca nessa grande viagem que é conhecer o mundo!
    Beijos e tudo de bom!
    Ana

  2. A única coisa que eu valorizo na vida é viajar fico feliz de poder estar sempre realizando meu sonho de criança. "Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”.
    Amyr Klink

  3. Oi Grazi!
    Seu post está muito fofinho, adoro ler esse tipo de coisa. Tenho muita vontade de conhecer o sul do Brasil e sentir essas emoções de que você falou .
    Viver novas experiências e aprender com elas é um tesouro incalculável que ninguém poderá roubar de você . Amo muito tudo isso !
    ; )
    Bj
    Lana

  4. realmente viajar é umas das experiências mais extraordinária que uma pessoa pode ter, pois possibilita Conhecer pessoas que vc pode chamar de professores e acessar conhecimentos que nenhum livro poderia me ensinar.

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